Numa era de inovação tecnológica, em que o fluxo competitivo de produção tomou o lugar da expressão física do universo interior e do imaginário de cada um, e após o seu obituário ter sido decretado por inúmeras ocasiões nos últimos 150 anos, a pintura surge como um ato de resi...
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Numa era de inovação tecnológica, em que o fluxo competitivo de produção tomou o lugar da expressão física do universo interior e do imaginário de cada um, e após o seu obituário ter sido decretado por inúmeras ocasiões nos últimos 150 anos, a pintura surge como um ato de resistência. Uma resistência melancólica que reflete vários tempos e espaços, entre o passado e o presente, mas principalmente, o durante de um tempo e um espaço utópico: o tempo e o espaço interior do seu autor.
Que espaço sobra no mundo para o mistério? Que linguagem sobra para lógicas e sabedorias outras que não binárias? Ainda há lugar para lá do argumento? Que outra relação se pode ter com o mundo que não a da dominância. A escuta da verdade do ser é resposta silenciosa ao apelo do ser. Esta resposta silenciosa encontramo-la na pintura.